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Esta página contém textos e reflexões sobre assuntos diversos assim como comentários sobre novidades e alterações no site. Sua atualização depende de disponibilidade e "inspiração". Os comentários estavam numerados, mas alterei o padrão. Os últimos estão no início (Lifo). Caso queira fazer comentários, como o mural está indisponível, use os links para e-mail.

 

"Após quase 10 anos... resolvi atualizar e voltei um pouco no tempo! Desde 2009 não escrevo nada e quase não atualizo o site! Só alterei a página de Indicações e assim mesmo apenas para incluir novas indicações de livros. Creio que uma das razões de não ter mantido o site mais atualizado foi o fato de que não ter tido quase nenhum retorno salvo os comentários postados pelos meus alunos e ex alunos, mas com certeza outra razão foi uma fase de doenças e perdas familiares que me absorveram muito, tanto racional quanto emocionalmente. A mudança do servidor que hospeda o site também causou algumas dificuldades técnicas de segurança e com relação ao mural que não está funcionando até hoje. Pretendo fazer algo sobre isso, mas por enquanto para comunicação, sugiro usar os links de e-mail os quais acesso sempre que possível.

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Vídeo disponibilizado - Outro dia uma aluna do MBA comentou que eu poderia postar mais frequentemente comentários aqui. De fato, com as correrias do cotidiano, acabo não tendo inspiração (além de tempo!) para postar novos comentários. Além disso, tenho uma sensação de que os comentários que porventura possa fazer aqui seriam do interesse de poucas pessoas. Creio que assuntos polêmicos são mais interessantes e estão provavelmente nos vários "blogs" que surgiram nos últimos anos. Além dos meus alunos, acho que poucas pessoas visitam o site e talvez também por isso não atualize esta página com maior frequência. Dentro de mais algumas semanas vou dar um "banho de loja" no site e talvez possa ficar mais interativo e interessante. Disponibilizei também para download um vídeo com minha entrevista de 2001 sobre o Eneagrama no Conta Corrente do GNT.

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Página de Downloads - Após vários meses, novamente, encontrei um tempinho para deixar outro comentário aqui! Passei uns dois dias alterando um pouco o layout do site. Como comentei abaixo, não dá para manter esta página tão atualizada como um blog. Além disso, as mudanças, o amadurecimento da própria internet, acabam propiciando outros usos para este espaço virtual. Criei uma página de downloads para disponibilizar arquivos para os participantes dos cursos; é mais prático do que usar e-mails. Coloquei um link para o site do Flávio Gikovate e para o site do IEA Brasil. Aliás ter participado do congresso do IEA (International Enneagram Association) foi muito gratificante. Além de ter conhecido pessoas especiais também ajudou a relembrar que a vida é realmente um processo de aprendizagem. Os mestres só não aparecem caso não estejamos preparados como discípulos!

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Inserção de comentários - Quando criei este site, em 2001, os "blogs" ainda não eram tão comuns; aliás, nem sei se existiam. Agora, relendo alguns trechos desta página notei que, caso as pessoas pudessem escrever de volta, como no Mural, acabaria virando uma espécie de blog. Como continuo viajando para cursos, principalmente da FGV, não acho que conseguiria manter um blog atualizado. De qualquer maneira, caso queira deixar um comentário sobre qualquer um dos ítens, eu coloco abaixo dele com a devida autoria. Para isso, use os links de e-mails..

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Felicidade e alegria - Sinto que, muitas vezes, confundi felicidade com alegria! Ambas são "um estado de espírito" e, como tal, temporárias. Creio que as diferenças principais sejam duas: a extensão do tempo de manifestação e a possibilidade de convivência com outras "emoções". Na alegria, conviver com a tristeza, seria bastante paradoxal e desagradável. Já a felicidade, que é menos efêmera, mais duradoura, pode conviver com várias outras emoções e estados. Neste ponto creio que, às vezes, podemos nos confundir. Estar feliz não significa necessariamente estar alegre, não estar triste, não estar preocupado, etc.

Podemos, como diz a Pollyana, estar tristes por alguém querido estar doente e felizes por não estar com a mesma doença. Para resumir, sejamos felizes por ser quem somos, mesmo que fiquemos tristes com alguns dos nossos comportamentos! Creio que o caminho para isso é, em primeiro lugar, gostarmos de nós mesmos da maneira "realista" que nossas mães gostam ou gostaram e em segundo, talvez o mais difícil, aceitar em nós, o que nossas mães não gostam. Se conseguirmos chegar a este estágio, poderemos até mudar alguns dos comportamentos que nos entristecem e elevar o "nível do estado de felicidade"! Finalizando, é bom não esquecermos que só nos percebemos felizes por já termos nos vivenciado infelizes!

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Eneagrama - Já sabemos que nós, quando crianças, percebemos que o amor é condicional, só seremos merecedores de amor caso nos comportemos como nossos responsáveis querem. Então, para nos tornarmos merecedores de amor, criamos uma identidade social, mais ou menos falsa, com relação ao que realmente somos. Talvez o que não seja tão claro é que fazemos um grande esforço para sermos tão autênticos quanto possível nesta falsa identidade! Nos esforçamos para acreditar nela, para crer que ela é realmente quem somos! Bem mais tarde, podemos ficar bastante assustados pois, se não formos "isto", talvez não sejamos nada! Acontece que, além de nem tudo ser falso, desvendar interiormente as falsidades, pode assustar, mas também pode nos levar ao tudo que vem do nada...

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Quem somos - Uma das músicas do Caetano Veloso, não sei o nome, afirma uma percepção muito importante, não sei se dele ou do compositor: "Não conheço ninguém que saiba quem é". Creio que poucos de nós têm consciência de que não sabemos realmente quem somos. Somos fulano de tal, filhos de fulanos, pai da fulana, brasileiro, carioca, torcedor do timão, formado em generaria, etc. Mais pessoalmente, somos impulsivos, românticos, persistentes, inconformados com a política nacional, etc. Se refletirmos um pouco notamos que só sabemos sobre nós o que os outros disseram ou o que nós percebemos nas reações deles aos nossos comportamentos. Talvez isso seja natural aos seres humanos, talvez a busca daquilo que sou seja, na verdade, um exercício inócuo. Aquilo que realmente somos me parece inefável (não pode ser expresso com palavras), assim, se nos encontrarmos realmente, não poderemos dizer aos outros...

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De repente...chegar lá - Nossa seletividade na percepção sempre me surpreende. Quase nada na natureza acontece "de repente", uma árvore vai crescendo em frente nossa janela todos os dias, porém, "de repente" lá está ela crescida e nos surpreendemos com isso. O mesmo acontece com os filhos, amigos, pais etc. "De repente" cresceram, ficaram velhos, morreram...Pois bem, acabei de ficar surpreso com o tempo que não escrevo nada aqui! Já se passaram 4 longos meses. O Livro de Visitas e o Fórum também ficaram fora do ar por falhas técnicas. Peço desculpas àqueles que tentaram deixar mensagens.

Por falar em surpresas, uma reflexão: A maioria de nós se esforça para ter sucesso profissional, reconhecimento, tranqüilidade financeira etc. Enfim, nos esforçamos para "chegar lá". Será que algum dia nos surpreenderemos por "de repente" ter chegado "lá"? Ou será que passamos a mudar o "lá" cada vez que chegamos perto, para evitar surpresas!? Às vezes, tenho a sensação de que brincamos um pouco com a vida, como se ela não fosse "p'ra valer"! Sinto que vale a pena refletir se não estamos evitando a sensação de "então era isso?!". Era isso que nos diziam que era a vida?! É isto que significa viver?!

Creio que é importante ter consciência de que, se usarmos muito o hemisfério esquerdo, com sua lógica, sua análise, poderemos acabar depressivos. Ele é insaciavel para tentar explicar ou inventar explicações para coisas que talvez não tenham ou nem precisem ter...

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Testinho diferente - Resolvi, neste Dezembro, deixar um presentinho de Natal! Vou disponibilizar aqui um teste on-line, quase totalmente lúdico, a não ser por envolver alguns aspectos de matemática. É um teste colorido de adivinhação. Deu trabalho para construir mas acho que ficou interessante. Mais tarde explico a teoria por trás dele. No momento, apenas clique aqui e divirta-se!.

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Ser ignorado dói - Um recente artigo que li, comenta uma experiência muito interessante feita na Universidade da Califórnia. Através de um jogo de computador e equipamentos de ressonância magnética, foi observado que a ativação do córtex do cíngulo anterior do cérebro ocorre quando existe um processo de exclusão em alguma atividade grupal. Esta área é a mesma área do cérebro ligada à dor física. O experimento foi feito com um jogo de bola no computador. Repentinamente, os jogadores deixam de passar a bola para a pessoa que tem sua atividade cerebral monitorada. É, todos nós já sentimos a dor de sermos ignorados, desqualificados. Talvez essas experiências nos ajudem a entender que muitas reações não são fricotes, são reais.

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Feedbacks - Recentemente, tive oportunidade de conhecer dois ótimos grupos no sul. As duas turmas com "personalidades" diferentes mas ambas me transmitiram uma ótima energia. O último encontro está entre os mais agradáveis que tive ultimamente. Com um ambiente emocional agradável fica muito mais fácil aprendermos juntos! A maturidade do grupo, o número de alunos e, principalmente, a empatia inicial criada, influencia muito no relacionamento da turma com os professores. Como minhas disciplinas normalmente são no início dos cursos, tenho muito pouco feedback sobre terem sido ou não importantes para a continuidade do curso e do ambiente de aprendizagem. Caso algum ex-aluno passe por aqui, agradeceria qualquer feedback ou sugestão!

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Respeito é tão bom... - Este fim de semana, "senti" uma diferença importante entre ensino de adultos e de crianças! Infelizmente, na nossa cultura, não estamos acostumados a "respeitar" crianças. Se um professor se atrasa, as crianças têm que ficar bem comportadas na sala de aula, sem fazer barulho e esperar por, digamos, meia hora. Como é um hábito, muitas entidades de ensino fazem a mesma coisa com os alunos adultos, de graduação ou pós-graduação. O que elas não percebem é que, tratando estes adultos como crianças, além de outras sequelas, provavelmente os desmotivarão um pouco para a aula e, principalmente, mostrarão falta de consideração. Não creio que mudar isso seja fácil, mas precisamos tomar consciência de que, para uma vida social saudável, uma autoridade, um "líder", precisa ter consideração com seus "liderados". Esse processo não ocorre só no ensino, ocorre nos consultórios médicos, nas delegacias, nas entidades públicas, etc.

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Resultados internos...? - Acabei de incluir mais dois testes (livres) na página MBAS, o de Lateralidade Cerebral e um outro do Eneagrama. Acabei tendo evidência novamente que a persistência é fundamental no aprendizado. Nos dois primeiros, levei uns 40 dias para colocar no ar, para esses dois, apenas 2 dias! Isso me levou a pensar que uma das dificuldades do aprendizado comportamental ou "emocional", é a falta de estímulo imediato, feedback mais rápido. Passo 40 dias aprendendo algo técnico e me empolgo com os benefícios da nova habilidade. Se passar 40 dias aprendendo a, por exemplo, escutar com mais atenção (e conseguir!), vou demorar muito mais tempo para receber algum feedback ou perceber os benefícios da nova habilidade! A ênfase no aprendizado comportamental só motiva quando nos concentramos nos resultados internos. Se o foco for externo, é fácil acabar frustado! Quando o foco é interno, o próprio resultado nos motiva. A criança não aprende a andar porque recebe elogios, aprende para ir onde quiser por conta própria...e porque nossa espécie anda!!

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Testes disponíveis - Disponibilizei em uma nova página MBAS, dois testes on-line, um do Eneagrama e um de Tendências (estilos) Sociais. Pretendo incluir, assim que tiver tempo, um de Lateralidade e Assimetria Cerebral. Tive muito trabalho para programá-los com Javascript, por não conhecer a linguagem. Agora, já estou "quebrando o galho" mas, qualquer feedback será muito bem-vindo. Gostaria de aproveitar e externar aqui meu agradável reencontro com a solidariedade da "turma" de informática. Nesta área, posso garantir que a indicação do "Professor Google" será sempre útil para qualquer um! Sentir que na Internet podemos também ter as "consultorias de fila de banco", tão naturais no dia a dia, é gratificante. Um site muito agradável e útil, além dos de download, está na página de indicações.

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Computadores supondo?! - Esbarrei outro dia com uma frase que segundo a fonte é do Millôr. Como tenho apanhado um pouco com algumas atividades de Informática (ver abaixo) ela me calou fundo. Não lembro as palavras exatas, mas a idéia é: "Não estamos conseguindo dominar a Inteligência Artificial mas os computadores estão, cada vez mais, dominando nossa burrice natural". É claro que uma maneira mais elegante de dizer isto seria: "Os computadores estão ficando cada vez mais amigáveis!". Creio que poucas pessoas percebem que quanto mais amigáveis forem os computadores, mais processamento é feito sem nosso conhecimento. Daqui a pouco, os softwares estarão começando a supor coisas, usando seu processamento interno sem nos avisar! É o que nós fazemos, acumulamos informações, processamos e agimos muitas vezes baseados nas nossas suposições. Qualquer semelhança com atitudes e preconceitos não é mera coincidência...Qualquer dia, dependendo de onde você clicar o "computador" vai responder algo do tipo: "Sinto muito, assim não dá para continuar, é a sua primeira vez?".

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Linux X Eneagrama??! - Instalei há duas semanas um GNU-Linux no meu PC. O Linux é um sistema operacional que, de uma certa maneira, está concorrendo com o MS-Windows. Resolvi fazer a instalação, não só para relembrar um pouco meus tempos de programação em assembly (linguagem próxima de 0´s e 1´s, traduzida pelo assembler), mas também por curiosidade e para analisar alternativas para o Windows. Percebi várias coisas interessantes.

A primeira foi que o Linux já está realmente um Sistema Operacional (OS) bastante amigável. A segunda foi que, a obrigatoriedade do código fonte (instruções que programam o OS) ser livre e disponibilizado para todos gratuitamente, está, surpreendentemente para mim, levando a comunidade mundial a fazer um trabalho sério e de alto nível. Milhões de pessoas estão colaborando com pequenas melhorias no SO e nos aplicativos (tipo Word, Excell etc). Com as devidas filtragens, isso está acelerando muito a melhoria da qualidade e da estabilidade do "produto". Tenho a sensação que ainda vamos ouvir falar muito do ambiente Linux.

Analogamente, o Eneagrama acabou tornando-se um 'sistema aberto" de autoconhecimento. Mesmo as pessoas que o divulgaram inicialmente não "clamaram" terem sido seus autores. Assim, várias pessoas o estão estudando e interpretando de maneiras diferentes. Também com as devidas filtragens, isto pode ser muito bom! Essas filtragens são necessárias para que o trabalho se mantenha, como no Linux, sério e de alto nível.

É claro que, como estou vivenciando no Linux, algumas pessoas que estudam o assunto, passem a dar "suporte" àqueles menos familiarizados. Acho natural também que, dependendo do esforço despendido, essas pessoas sejam remuneradas por isso. Posso, por exemplo, passar dois anos estudando Mandarin, mas posso ao contrário, contratar um intérprete. Não querer pagar o intérprete porque qualquer criança pode falar Mandarin, é uma injustiça e um negócio da China! Só faça isso...na China!

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Tocar nas necessidades cotidianas -Nestas "férias", tive o prazer de ministrar duas palestras/cursos sobre "Comunicação docente" para duas turmas bem diferentes de professores de pós-graduação. Ambas as experiências foram ótimas para mim e, espero, para eles. É muito bom quando sentimos que os assuntos abordados tocam diretamente o cotidiano profissional de cada um. Neste caso, é gratificante sentir o valor que os profissionais dão para os pontos abordados. Creio que, podemos, todos, lapidar e melhorar nossas aulas e palestras, tornando-as, no mínimo, mais interessantes e agradáveis!

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E o Lula? - Janeiro de 2003. O país começou o ano com muito otimismo. Tenho a sensação de que nossa auto-estima como povo está melhorando, a maioria escolheu alguém mais representativo desta mesma maioria. Tudo indica que, quando escolhemos alguém mais parecido conosco é porque estamos nos aceitando e gostando de nós mesmos! Vale para a escolha de parceiros!!

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Aniversário do site - Hoje, 01/08/2002 este site completa 1 ano. No início, confesso que meus objetivos eram vagos: aprender a construir um "site", "sentir" a Internet, usá-lo como um ponto de referência para assuntos abordados em cursos, divulgar meus cursos e palestras e, por que não, disponibilizar informações que poderiam ser de interesse para muita gente. Uma grande preocupação que tive foi relacionada ao trabalho que daria mantê-lo atualizado. Esta página acabou sendo uma boa opção. O resultado foi positivo! Aliás, quando não se tem um objetivo claro, qualquer caminho serve!

É, o resultado foi positivo. Creio que alguns dos objetivos foram atingidos. Como praticamente não faço divulgação, as "visitas", para mim, já justificam sua existência! Quero agradecer, principalmente, àqueles que aparecem por aqui mais de uma vez! Estou pensando sobre algumas novidades, uma página sobre "humor", está nos planos. Tenho percebido mais e mais sua grande importância na comunicação.

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Frio? -2º C !! - Junho passou e nem deu tempo de atualizar a página. Hoje (11/07/02) consegui uma "brecha". Foram 4 novas turmas. Conheci lugares novos, novas e marcantes experiências. Nunca havia estado em Videira e Caçador (Sta. Catarina). Já havia conhecido Chapecó e a água sob pressão que joga copos de plástico longe - cuidado, é a pegadinha deles! Apesar de dificuldades de vôos, as turmas são receptivas e o ambiente é acolhedor. Mesmo sem ostentação, a região aparenta um bom nível sócio econômico. Posso garantir uma coisa, em Videira, quando faz frio, faz frio! Os -2º C contrastaram com o "calor" do pessoal.

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Cooperar e imitar, sucesso!! - O filme Uma Mente Brilhante, conta a vida de John Nash, premio Nobel de Economia - 1994. Nash usou a Teoria dos Jogos, criada na década de 1940 por um dos maiores e menos citados cientistas do século passado, John Von Neumann. Conheci um pouco do trabalho de Von Neumann estudando os princípios da computação digital em 1975. Ele é considerado um dos pais da Ciência da Computação (atualmente, Informática). Na Teoria dos Jogos, ele criou modelos para tratar matematicamente situações de conflito.

Existem várias situações de conflito entre o interesse individual e o do grupo. Uma das mais comuns é aquela em que um grupo de amigos sai para jantar e combina que vai "rachar" as despesas. A idéia inicial de cada um é pedir um prato com preço razoável. Entretanto se alguém extrapola e pede um dos mais caros, os outros acabam fazendo o mesmo. Já que vou pagar o dos outros, porque não abusar. Assim o grupo acaba gastando muito mais do que gastaria se cada um pagasse o seu prato. Isso é normal. A exploração de recursos coletivos leva, com freqüência, à "tragédia dos comuns". Para evitá-la é necessário estabelecer regras que incentivem o altruismo. O Clemente Nóbrega, em um artigo na Superinteressante, Abril 2002, cita diversos exemplos. Um deles, muito interessante, é o Dilema dos Prisioneiros, que resumo a seguir.

Dois criminosos praticam um crime juntos. Sem provas, a única forma de condená-los é um delatar o outro. A polícia, para acelerar o processo, estabelece que o delator será posto em liberdade e ainda ganha um bonus. O outro será condenado a prisão perpétua. Como agir? O ideal para o "grupo" é que nenhum dos dois denuncie e ambos estarão livres. Entretanto como um não confia no outro, acabam os dois sendo condenados. Cada um opta por, pelo menos, não ser preso sozinho!

Em 1980, Robert Axelrod promoveu um torneio na Universidade de Michigan. Programas de computador simulando os dois prisioneiros seriam confrontados aos pares. Cada par jogaria 200 vezes seguidas e cada programa teria apenas duas opções: trair ou cooperar. A melhor situação é trair enquanto o outro coopera e a pior é cooperar enquanto o outro trai. Alguns programas eram bem complexos, entretanto, para surpresa geral ganhou um programa de quatro linhas com a seguinte estratégia: começava cooperando e depois, imitava a atitude do oponente. Traía se tivesse sido traído e cooperava se tivesse obtido cooperação.

É interessante notar quatro fatores presentes nesta estratégia: simpatia - começa cooperando -, dureza - não deixa traição sem retaliação -, generosidade - perdoa se não for traída - e transparência - joga limpo. Ela não é perfeita, é matemática demais, não percebe se alguém erra por engano. Se começa bem, tudo bem, caso contrário, uma série infinita de retaliações mútuas tem início e não dá mais para escapar. Apenas um pedido de desculpas com credibilidade emocional poderá interromper o processo de destruição mútua. Qualquer similaridade com situações atuais que já duram milênios não parece ser mera coincidência.

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Diferenças culturais? - Estive recentemente ministrando cursos em Belém, Belo Horizonte e Niterói. Me surpreendo sempre com a diversidade cultural que existe em nosso país continental. Sinto, é claro, que existe uma forte "cultura brasileira", noto entretanto que, além dos termos e gírias locais, existem várias nuances que tornam cada região única. Com relação às turmas, essas diferenças não são tão marcantes. Talvez seja devido ao nível compatível de todos os participantes, curso superior, executivos de diversos escalões, pequenos e médios empresários. Percebo diferenças, porém não tantas como nos aeroportos, hotéis e serviços em geral.

Normalmente, os alunos perguntam sobre as diferenças. Já comentei que, em alguns locais as turmas parecem mais receptivas e em outros mais "com o pé atrás", entretanto, pensando bem, como já vivi experiências que invalidam essa "regra", prefiro não generalizar. Porém, no caso de MBA´s, com relação ao tipo de curso (Marketing, Gestão Empresarial, Ciências Contábeis etc) onde a ministro alguma disciplina, percebo grandes diferenças. Qualquer dia escrevo sobre elas...

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Pragmático? Verdade? - O último artigo do Max Gehringer na Exame do dia 6/02/2002, como tudo que ele escreve, muito lúcido e cheio de vida, me chamou a atenção para a palavra pragmática. No artigo ele descreve uma situação em que a empresa teve prejuizos porque um concorrente colocou "Não contém colesterol" na embalagem de batatinhas fritas e ela (a empresa) demorou em seguir o exemplo pois "é claro que não tem, o óleo vegetal não tem!".

A última frase do artigo é marcante: "Dirigentes evitam tomar a decisão que vai eliminar o problema. Eles sempre tomam aquela que será mais fácil explicar depois." Extrapolando, será que não estamos vivendo uma vida que será mais fácil explicar depois? Depois??? Será que não resolvemos nossos problemas de tal maneira que...Sem mais divagações, o artigo me relembrou que "sei" o significado de muitas palavras "de ouvido". Não as uso muito, mas sempre que as ouço estão no mesmo contexto. Assim, sinto que "sei" seu significado.

Resolvi passear pela Koogan-Houaiss (enciclopédia) para saber como outras palavras explicam esta. Para conhecimento geral; pragmático significa: "fundamentado no estudo dos fatos, que toma o valor prático como critério da verdade". Saber isso não aumenta a empregabilidade mas...pode ser útil...Uma sugestão minha: Mesmo não sabendo bem o significado de uma palavra, observe se tem advérbio acompanhando. Se tiver, fique alerta. "Você é muito xxxxxxx" é sempre sinal de julgamento. Se xxxxxxx tiver conotação negativa, é crítica direta. Caso xxxxxxx tiver conotação positiva, você pode estar sendo considerado melhor que o outro naquele aspecto. Dependendo de quem falou, observe se é menos xxxxxxx que você...Ah! p`ra terminar, "verdade" é a "identidade de uma representação com a realidade representada". Assim, não existindo "realidade" ou, "existência efetiva" é, no mínimo, difícil falar sobre verdade!

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Supersticões*?! - Acabei de ler uma entrevista com o Michael Shermer - Diretor da ONG que combate superstições - na edição 1733 da revista Veja. Ele considera complexa a separação entre ciência e pseudociência, com uma linha cinza entre elas. É mais radical com a não-ciência. Muito lúcido, para mim, seu comentário sobre o fato de que "As pessoas procuram crenças que as consolem, coisa que a ciência não faz. É mais fácil acreditar em crendices e superstições que na ciência." Na página do Eneagrama, sugiro a leitura das Considerações Finais para relação com esta afirmação.

Outro trecho da entrevista: "Pode parecer inofensivo acreditar em espíritos ou telepatia. Não é. Quem acredita nisso pode acreditar em qualquer coisa". Meu comentário pessoal é que existe muita coisa ainda não explicada pela ciência e, mesmo aquelas já explicadas, possuem um profundo mistério nas "raízes" de suas explicações. Por outro lado, em nossos momentos de fragilidade, é muito fácil e até perigoso acreditarmos em explicações que foram "inventadas" por outras pessoas. Nossa fragilidade infantil inicial nos habituou a acreditar sem questionamentos nas afirmações eloquentes daqueles de quem dependíamos. Talvez por isso, quando repetida com veemência, qualquer explicação "coerente" dada ao inexplicável, pode se transformar em "verdade absoluta". Bem, vou finalizar porque...mamãe do céu pode não gostar de meninos que questionam certas coisas...

*Supersticioso, perspicaz, etc Bem que poderiam acabar com esses "rs" tão chatos para pronunciar...

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Dois comentários soltos... - Assisti o último VT do Bin Laden. Pelo que pude observar, se não fosse tão hedionda a situação, poderíamos até perceber a ingenuidade e a infantilidade deles. Se derrubarmos os vasos da mamãe e quebrarmos a moral do papai no edifício quebrando o espelho do elevador, mostraremos que eles não são tão bons assim! Vamos atingí-los no seu orgulho, na sua vaidade! Além disso, eles vão perceber que somos mais determinados! O livro que incluí nas indicações, "O drama das crianças bem dotadas", pode ser uma ótima leitura para quem quiser pensar mais sobre esse assunto.

Hoje estamos nos aproximando do final do ano. Acabei de ler um artigo que cita um trecho do livro Soul Without Shame de Byron Brown. Podemos até nos lembrar dele durantes as reuniões de família. O trecho é uma sugestão:- Quando as pessoas o acusarem de comportamento inadequado, responda: "Às vezes sou mesmo assim". Mesmo que esteja errado, você fará alguém feliz!

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Infantilidade X Autoconhecimento - Ontem, 18/11/2001, trocando idéias, dei algumas sugestões para uma pessoa amiga lidar com suas diferentes chefias na empresa. Agora, atualizando o livro de visitas do site, reli um comentário sobre nossa dificuldade em perder a referência, o "sobrenome", quando saimos de uma empresa e iniciamos alguma atividade por conta própria.

Hoje, como entendo e sinto a grande dificuldade para percebermos reações, geradas por sentimentos "cristalizados" na infância, resolvi "ensaiar" dois comentários para reflexão:

1- Não temos autonomia mas recebemos apoio e proteção dos pais. Na escola, levamos o sobrenome deles e sentimos o "poder" que ele tem. Somos pequenos e frágeis mas temos uma estrutura de proteção ligada ao nosso sobrenome. Notamos o poder do dinheiro e dos grupos (famílias) maiores. Alguns sobrenomes parecem ter mais prestígio que o nosso! Anos depois, passamos a contar com o apoio e o prestígio do "sobrenome" que uma empresa nos dá. É fácil criar dependência. Quando saimos, o que dizer quando alguém pergunta: "A quem devo anunciar, ...Fulano...de onde?!"? Parece estar questionando quem somos! E se estiver, afinal, quem somos? Essa sensação pode nos ajudar a entender o que incomoda a maioria dos "egos".

2- O segundo comentário é sobre a similaridade entre, nossa relação atual com o poder, e a inicial com nossos pais. Muitos culpam as chefias, o governo, a empresa e não percebem que se repetem ao longo da vida pessoal e profissional. Talvez tenhamos começado culpando nossos pais. Naquela época éramos mais dependentes, não podíamos fazer quase nada. Hoje podemos! No mínimo entender que isso nos adormece! É importante focalizar a emoção gerada. Perceber que ela se repete, mesmo quando as situações são diferentes.

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Utilidade do que ensino - Dia 22/10/2001 tive a honra de ministrar uma palestra sobre Comunicação Docente para meus colegas professores da FGV. Para mim foi uma experiência desafiante e, muito gratificante! A energia e a receptividade dos quase 200 colegas presentes, contribuiram significativamente para tornar a palestra agradável e proveitosa. Os elogios e agradecimentos recebidos, tanto no local, como no livro de visitas deste site, me deram, não só a sensação de ter adicionado algo, como também mais segurança de que, os fatores comportamentais que enfatizo são práticos, úteis, e podem melhorar bastante a habilidade de manter uma platéia atenta e interessada.

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Abertura do site, viagem e..."September 11"!! - Estive em Portugal entre 28/08/2001 e 19/09/2001. O país me surpreendeu muito. Positivamente. Foi uma lição de história! Me senti em casa, não só pelo idioma mas também pela cultura similar. Conheci também pessoas agradabilíssimas, o site de uma delas, "Gastronomias" está incluído nas indicações! Não fosse pelo 11/09 ao passeio teria sido perfeito!

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